sábado, 11 de maio de 2013

"Agulha" deixada em poltrona perfura paciente na UPA de Barra de Jangada





    Uma garota de 15 anos, que foi levada pela sua mãe para ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra de Jangada, acabou sendo perfurada acidentalmente, por um equipamento chamado jelco (instrumento usado para a medicação por meio de soro) que estava sobre a poltrona. O acidente aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), quando a estudante Natália Cristina de Santana dos Santos, que estava com problema de garganta e dor de ouvido, além de vômito e falta de apetite, se sentou e sentiu a picada na perna. "Ela disse: 'mãe, levei uma furada'. E quando a gente viu, era uma agulha e tinha sangue dentro", afirmou a doméstica Iranice da Paz de Santana, 39, mãe da menina.
    Ainda de acordo com ela, logo após o acidente a menina foi levada para o Imip, no bairro dos Coelhos. Chegando lá, ela foi medicada por uma espécie de coquetel para evitar contágio, e submetida a dois exames médicos, sendo um para o teste de HIV, e outro para Hepatite C. O resultado dos exames deve sair em cinco dias, segundo a mãe da garota, que deve dar a medicação para ela durante 30 dias. Questionada se ela deve denunciar o Estado, a mãe da menina disse que ainda vai conversar com o esposo. "Ainda não decidi isso, mas é preciso que haja mais cuidado, pois ficamos sabendo que aconteceu a mesma coisa com outra pessoa, entre sábado e domingo passado", disse.
    Em contato com a reportagem, a assessoria de Imprensa da UPA respondeu que a coordenação da unidade confirma que houve o caso, mas defendeu não se tratava de uma agulha, como a mãe da garota afirmou, e sim um jelco. Mesmo assim, a unidade reconheceu que o objeto não deveria estar sobre a poltrona, e disse ter sido uma falha da funcionária que operava o equipamento, embora todos sejam técnicos de enfermagem e enfermeiros devidamente capacitados para a função. A assessoria respondeu ainda que a unidade atende mais de 400 pessoas por dia, e cerca de 3,5 mil por semana, e que no período de dois anos de UPA, essa foi a primeira ocorrência de casos como esse. E, por fim, a unidade ressaltou que imediatamente após o ocorrido, providenciou o atendimento necessário, conforme o protocolo para acidente com pérfuro-cortante.

Fonte:G1.globo.com/pe






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