terça-feira, 10 de setembro de 2013

Estudantes assistem aulas em um galpão improvisado, em Jucati

As obras de construção do prédio onde vai funcionar a escola de Referência Henrique Justino de Melo, no município de Jucati, no Agreste pernambucano, ainda não foram concluídas. A escola é a única da rede pública que oferece o ensino médio aos alunos da cidade.
Livros dividem espaço com botijões de gás e alimentos. (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)Atualmente, ela funciona num galpão improvisado que foi dividido por paredes de gesso, que em alguns pontos já é possível ver rachaduras. As divisórias entre as quatro salas de aula não fazem o isolamento acústico corretamente e os professores têm dificuldades para passar o conteúdo. "Nós já temos que falar alto e fica muito difícil porque o professor da primeira sala chega a ouvir o da última. Como todos nós falamos ao mesmo tempo, dificulta a comunicação com os alunos", diz a professora Joselma Maria.
Nova escola era para ter sido entregue há dois anos. (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)De acordo com a Direção da unidade de ensino, 561 alunos se revezam em três turnos. A falta de espaço faz com que os estudantes não possam cursar o ensino integral, pois não há espaço na escola para a realização das atividades do turno extra. Pelo mesmo motivo, foram canceladas as matrículas para novas turmas do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Ainda de acordo com a Direção, o colégio também não tem espaço para um laboratório de informática, nem para biblioteca. Os três mil livros ficam guardados em caixas de papelão num pequeno depósito, onde também estão os alimentos da merenda e botijões de gás.
Os estudantes do ensino médio, que estão se preparando para o vestibular, reclamam da falta de estrutura. "Todos aqui estão perdendo muito no aprendizado porque não tem como estudar direito para um vestibular", diz a aluna Renata Alves.
Além disso, os estudantes também reclamam do teto de zinco e da má ventilação no galpão. A aproximação do verão já está preocupando os pais dos adolescentes. "Eu sempre venho na escola para saber como minha filha está, se ela está se sentindo bem. Prejudica muito eles essa situação", afirma a mãe de uma aluna, Enice Holanda.
Há menos de um quilômetro do galpão, onde os alunos estudam de forma improvisada, está sendo construída uma escola que vai recebê-los. O problema é que a obra começou em 2010 e pela programação inicial deveria ter terminado há quase dois anos. A Secretaria de Educação do estado informou que iria cobrar mais agilidade da empresa responsável pela construção. Mas, apenas alguns pedreiros trabalham no local para concluir a obra. "Recebendo a nova escola nós vamos poder atender os alunos de tempo integral e matricular os alunos do EJA. Mas, ainda não recebemos prazo para entrega", disse o diretor da escola Ademir Júnior.
Em nota, a Secretaria de Educação do estado, informou que o bloco que inclui as salas de aula, deve ser entregue no mês de novembro e a área administrativa, deve ficar pronta no mês seguinte.
Fonte:G1.globo.com/pe/caruarueregiao.

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