quinta-feira, 4 de julho de 2013

No 4º dia de greve, ruas do centro do Recife são novamente bloqueadas


Em Prazeres, Jaboatão, algumas linhas estão passando menos que o normal (Foto: Katherine Coutinho/G1)   Ir para o trabalho, mas não saber se vai conseguir voltar. Essa é a preocupação de muitos trabalhadores da Região Metropolitana do Recife que depende do ônibus para ir até o trabalho na manhã desta quinta-feira (4), 4º dia de greve dos rodoviários. Algumas linhas estão demorando mais que o normal, apontam os passageiros, enquanto outras parecem estar voltando à normalidade. Paradas de ônibus da Zona Norte do Recife estão menos movimentadas
  Antes das 7h, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) já estava desviando os coletivos com destino ao Centro pela Avenida Mario Melo, sem deixar seguir pela Rua do Hospício ou Parque 13 de Maio. Muitos passageiros tiveram de caminhar até o destino. "Eu espero que não seja como ontem, tive que andar da [Avenida] Conde da Boa Vista até o [Shopping] Tacaruna", afirma a vendedora Larissa Vaz.
  A proposta dos motoristas e cobradores é parar os veículos às 8h da manhã e só voltar a rodar às 17h, para levar os trabalhadores de volta para casa. Com isso, muita gente tem buscado outros meios para chegar ao serviço. Os passageiros relataram que os ônibus estão passando, mas costumam demorar mais do que o normal. Além disso, chegam lotados e muitos motoristas são vistos trabalhando sem fardamento, um indicativo da movimentação.
  Mesmo prejudicada, a população encontra um jeito de apoiar a greve. "Se eu tivesse um sindicato forte como o deles, também faria greve", disse a cozinheira Elisângela Brito. "Nos afeta, claro, mas eles têm mesmo que lutar. Não acho errado", disse ela, que chegou a esperar 40 minutos em uma parada de ônibus do Complexo de Salgadinho, em Olinda, onde normalmente ela fica cerca de 20 minutos.
  Já a auxiliar administrativa Claudete Batista de Oliveira contou à reportagem do G1 que só precisa chegar ao trabalho às 13h, mas pouco depois das 7h da manhã já estava esperando pelo ônibus em um ponto no bairro de Campo Grande, Zona Norte da cidade. "Normalmente eu só saio de casa lá para as dez horas da manhã. Saí mais cedo por causa da greve", explicou. Ela espera coletivo em uma das paradas mais importantes do bairro, localizada na Estrada de Belém. "O movimento aqui está bem menor do que o normal. Essa parada é muito cheia, mas acho que as pessoas não estão saindo de casa com medo de não ter ônibus. Tenho uma amiga que não veio trabalhar", conta a auxiliar. 
  Na volta do primeiro dia de estágio, na terça-feira (4), o jovem de 16 anos Marcos Lourenço teve que andar da Estação do Recife, no bairro de Santo Antônio, área central da cidade, até o bairro de Santo Amaro, onde mora, uma caminhada de cerca de 30 minutos. Tudo porque não conseguiu encontrar um ônibus para voltar. Nesta quarta, às 7h50, o jovem ainda estava no ponto de ônibus perto de casa. "Eu deveria estar lá às 8h, em ponto. Pelo menos lá no estágio eles entendem que é por conta da greve de ônibus, se não entedessem seria complicado", disse o estudante.
Fonte:G1.globo.com/pe

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